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Associação Nacional de Esclerose Múltipla
Associação Nacional de Esclerose Múltipla
 / Outubro 13,2023

Os sintomas associados à E.M. são inconstantes tanto quanto à sua frequência, como gravidade, variando de acordo com o local lesado no Sistema Nervoso Central.

Parestesias
São sensações cutâneas subjetivas (frio, calor, dormência) que se sentem espontaneamente. Podem ocorrer caso algum nervo sensorial seja afetado, seja por contato ou pelo rompimento das terminações nervosas.

Alterações Visuais – Neurite ótica
É uma inflamação do nervo ótico, que gera uma desmielinização (alteração na camada de mielina presente na superfície do nervo, impedindo a transmissão de modo correto da informação pelo nervo).

A relação entre a neurite ótica e a esclerose múltipla ocorre porque aproximadamente 15 a 20% dos casos de E.M. se manifestar, a princípio, por neurite e 40 a 50% destes pacientes desenvolvem neurite em algum momento da doença.
As manifestações clínicas da neurite ótica caracterizam-se pela clássica tríade de sintomas composta por perda de acuidade visual, dor ocular e discromatopsia (perceção anormal das cores). Poderá apresentar visão turva, embaciada.

Apesar das melhorias graduais, por vezes após várias semanas, a recuperação nem sempre é total.

Alterações de Equilíbrio e Coordenação Motora
É o cerebelo controla todos os nossos movimentos. Quando este sofre uma alteração poderá ocorrer uma dificuldade no equilíbrio (cambalear enquanto caminha por exemplo) e/ou de coordenação (agarrar pequenos objetos ou escrever com letra legível).

Estas alterações poderão ser observados por curtos períodos de tempo (durante um surto) ou poderão ser mais permanentes quando associado a uma forma mais progressiva de E.M.

Disartria
São alterações da articulação da fala e da articulação verbal, causados por coordenação imperfeita de estruturas como: faringe, laringe, língua e/ou músculos faciais. Na esclerose múltipla pode ocorrer por desmielinização no cerebelo, bilateral em fibras dos nervos cranianos, em múltiplas áreas do córtex cerebral e/ou tronco encefálico.

Alterações Motoras e Espasticidade
É o Sistema Nervoso que controla as nossas funções motoras. Se a lesão associada à E.M. atinge este sistema é frequente o aparecimento de alterações motoras, como a perda de força muscular de intensidade, tempo de recuperação variado.

A espasticidade é uma perturbação do controle muscular caracterizado por músculos tensos ou rígidos e uma incapacidade de controlar os músculos. Pode também apresentar reflexos hiperativos que tendem a ser persistentes e fortes por um longo período de tempo, causando dor.

Alterações Urinárias
É possível que surjam problemas de retenção urinária, ou a bexiga espástica (incapacidade de reter urina). Ao mesmo tempo podem também ocorrer problemas de obstipação.

Fadiga
É uma sensação de desgaste, cansaço e/ou falta de energia após um pequeno esforço. Este sintoma pode durar por um longo período de tempo e, como é muito frequente em muitas doenças não é identificado de imediato como causado pela E.M.

Alterações Psicológicas e Cognitivas.
Podem surgir problemas de memória, atenção e concentração em doentes comde EM há algum tempo, dificultando as tarefas/atividades que necessita realizar no seu dia-a-dia.

O aparecimento da EM, acontecimento anormal na vida do homem implica mudanças profundas e permanentes no seu dia-a-dia. É avassalador ouvir estas palavras do profissional de saúde. Sentimentos de ira, frustração, choque, tristeza emergem no doente, geralmente um jovem na fase produtiva da sua vida.

Viver com este diagnóstico não obriga negar estes sentimentos mas sim, realizar uma readaptação face às novas exigências que a doença impõe. Sabemos que as reações que cada um irá refletir dependerão não só da sua personalidade como também do apoio que sentem e recebem das pessoas mais significativas e dos profissionais de saúde.

Alteração de humor e depressão
A depressão afeta os portadores de E.M. de duas formas. No momento em que são diagnosticados pode-se desencadear um quadro depressivo perante a nova realidade com que o doente se depara: as mudanças que a doença pode causar no seu corpo e mente poderão afetar a forma como o próprio sente sobre si mesmo e sobre a vida.

Por outro lado a Esclerose Múltipla pode resultar no desenvolvimento da depressão pelo ao impacto fisiopatológico que esta patologia possui sobre o cérebro, desencadeando lesões neurológicas que poderão desligar regiões do córtex entre si causando sintomas depressivos com elevada frequência.

Problemas sexuais
Problema de incontinência urinária, de esfíncteres ou de sensibilidade podem levar a problemas sexuais, como a disfunção eréctil ou a dificuldade em atingir o orgasmo.

Tais momentos poderão gerar ansiedade e tensão no relacionamento entre o casal, sendo importante que o mesmo fale entre si, sobre os seus medos e ansiedades dissipando o mal-estar que poderão sentir.

Este portal da ANEM pretende informar as pessoas sobre a Esclerose Múltipla (EM) bem como apresentar o projeto de um centro de excelência de investigação na EM

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